domingo, junho 18, 2006

Casos de Polícia

Jovem estudante de 23 anos foi apanhado com 0.20 gramas de haxixe, com mais 4 individuos que se encontravam a fumar haxixe na Praça Parada Leitão, junto ao Café Ancora D`Ouro "vulgo Café Piolho", local sobejamente conhecido por tráfico e consumo de droga(dito pela autoridade), tendo mais nada se encontrado em sua posse.

Sim, poderia ser mais uma coluna na secção de polícia de qualquer jornal, mas não. O jovem estudante de 23 anos que tinha consigo uma dose individual de haxixe era eu.
Sim, encontrava-me eu com os outros dois intervenientes deste blog no Piolho e com os Ontem a beber umas cervejas quando de um momento para o outro aparecem 2 agentes da autoridade, agente Imperadeiro( não estou a inventar nomes) e agente Rodrigues, que no meio de uma multidão de 200 pessoas nos escolhem a nós para revistar. Já que um de nós estava a fumar um cacete, dito pelo agente Imperadeiro foi uma escolha selectiva para uma revista cautelar para busca de estupefacientes como intuíto de venda. Como estava eu a explicar estava eu a beber uma cerveja quando os referidos agentes nos interpelam e nos começam a revistar perante as referidas 200 pessoas, nós arguimos se a revista poderia ser feita num sitio mais recatado e não em frente de toda aquela massa humana, alguns de nós sentiram-se injustiçados por aquela situação toda. Os senhores agentes sensibilizados pelos nossos pedidos não tiveram complacência e decidiram que o sitio mais recatado para tal revista seria na esquadra mais próxima. Assim fomos levados para a carrinha em que se transporta 6 a 9 agentes da autoridade ou infractores, a famigerada Ramona(não, não iamos para a praia). Quando iamos a entrar na carrinha podemos constatar que a população que estava no Piolho estava com comnosco e apuparam os agentes da autoridade. Para nós foi quase uma saída em ombros, para os agentes de autoridade foi como se tivessem sido expulsos num jogo de futebol depois de terem passado o encontro todo a darem cacetada nos jogadores da equipa da casa. Entramos na carrinha, onde começamos agora a protestar contra a nossa ida à esquadra. Aí o agente Imperadeiro, não gostando de algumas coisas que iamos dizendo, fazia ouvidos moucos e numa tentativa clara de nos intimidar resolveu verificar o estado em que se encontrava a sua shotgun.
Entretanto o agente Rodrigues(não confundam com uma pessoa muito próxima de mim) tinha-me revistado e encontrou a prova do crime na minha posse. O cacete mitra de 0.20 gramas que se encontrava no meu maço de tabaco, o qual eu não tinha conseguido desmarcar porque o referido agente Rodrigues se abeirou prontamente junto da minha pessoa e não me deu hipóteses de dar uma revienga ao seu propósito.

Fomos conduzidos à esquadra da Praça Coronel Pacheco, onde fomos revistados minuciosamente, tendo que tirar toda a nossa roupa do corpo, a nossa roupa e nossos pertences foram alvos de uma busca intensiva onde nada encontraram. O agente que revistou os meus pertences e que esteve a falar comigo na esquadra, referiu-me até que poderia ficar na posse da insignificante quantidade de droga que me foi encontrada. Mas o processo não estava nas mãos dele, era os dois agentes que nos tinham interpelado que estavam a tratar de tudo e estavam irredutíveis enquanto em deixar passar o mísero cacete que tinha impune.

Aí passamos para a recepção da esquadra para tratarmos do Auto de Identificação e de Revista Cautelar que nos foi imposto. Nessa altura o ambiente já tinha desanuviado um pouco. A partir desta altura começaram a acontecer cenas caricatas que nos fizeram rir diversas vezes. Verificamos que na esquadra se encontravam 6 policias, com dificuldades várias a nível de software informático e com a impressora. Em relação à impressora o Chefe de Turno perguntou a um dos agentes qual era o problema, à qual a resposta foi que não sabia, que quem tinha tirado um curso tinha sido o Chefe. Um dos agentes lembra-se de ligar a televisão e um outro pergunta-lhe se não estava a dar desenhos animados já que se encontrava canalhada(nós) na sala. Tivemos a ver um bocado dos resumos dos jogos do Mundial, intercalado pelo visionamento do filme de acção "Maquinas de Guerra" com os memoráveis desempenhos dos actores Jean-Claude Van Damme e Dolph Lundgren acompanhado de capuccinos e cafés.

Verificou-se que nenhum de nós possuía cadastro criminal, só nessa altura é que o agente Imperadeiro se acalmou. Cada um de nós indicou os nossos dados pessoais, tendo sido eu o ultimo a efectuá-lo. Já agora o referido agente demonstrou uma clara lacuna em entender as nossas moradas. A droga que me foi encontrada foi para dentro de um envelope lacrado para ir para um laboratório para se saber que substancia eu possuía. Fiquei a saber que terei que ir ao CDT para uma entrevista com uma psicóloga. Lá está em tempos de contenção orçamental, será dispendido uma larga soma de dinheiro com o processo de análise e com psicólogas e afins. Aí perguntaram me onde tinha comprado o produto, o que é que fazia na vida, onde vivia, se ja tinha tido problemas com as autoridades, se já tinha consumido outro tipo de drogas, e avisaram-me que me iriam efectuar uma pergunta muito importante, aí fiquei a espera do pior, perguntaram-me se tinha filhos sobre a minha alçada. Respondi que não. Será que se tivesse iam por uma assistente social em cima de mim para ver se eles tinham um ambiente familiar saudável, tudo por ter sido apanhado com um cacete.

Feitas todas as diligências necessárias, fomos dispensados e podemos prosseguir a nossa vida. Desde a interpelação policial no Piolho até a nossa saida da esquadra passaram-se uma hora e meia. Para nosso espanto um de nós conseguiu desmarcar um cacete que o fumamos logo de seguida e partimos em direcção para uma festa brasileira na reitoria da universidade, que quando lá chegamos ja tinha terminado. Prontos fomos em direcção ao piolho para ver se conseguia-mos encontrar algo que tinha sido desmarcado antes de entrarmos na Ramona. E foi festa geral quando se encontrou uma barra de Pólen e lá fomos todos contentes fumar cacete para uma zona bem conhecida por nós efectuar os delitos pelos quais tinhamos sido levados para a esquadra.

Aqui fica um relato em 1ª pessoa de uma noite para recordar por vários motivos.

Até logo e cuidado com a moina.

6 comentários:

Unknown disse...

Já nem o piolho é um sítio seguro!
Para além dos grunhos, ressacas e babinces em geral agora temos de levar com a bófia!
Alminhas! para onde vai parar este mundo!!!

Abraço a mais um fugitivo apanhado!

Patapon disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Patapon disse...

E enquanto o bom povo do Piolho se manifestava vivamente contra a acção policial, o agente Imperadeiro aproveitava para verificar a sua "shotgun". Foi aí que eu olhei para a arma e pensei: "Espera aí, o gajo não está a pensar em dar-lhe uso, pois não?" Afinal, depois do agente provar (a si mesmo) que tinha autoridade, ele lá conseguiu levar-nos para um sítio onde tirássemos a roupa. Meus amigos, esta suposta acção de rotina da PSP resume-se ao seguinte: Havia um polícia que queria ver-nos nus sem ter de pagar por isso... E não é que o sacana conseguiu mesmo? Agora tenho dificuldades em adormecer... Não me sai da cabeça aquele sorriso pseudo-pedófilo à medida que caía cada peça de roupa no chão! É em casos como este que sou favorável às mulheres-polícia.

PS: Além do mais, todos nós sabemos com que alcunha pejorativa rima o nome Imperadeiro... Vá, eu ajudo, é só preencher os espaços: P_N_L_IR_. Coincidência? Não creio, meus caros.

Até logo, mais um "post" pela liberdade :)

miguel disse...

Simplesmente genial.... Já passei por algo parecido frente a um auto-intitulado "Sherlock Holmes" da PSP de V.N Gaia. A cena foi desmarcada para o meio das ervas, os polícias despachados, mas o rolo fotográfico com a dita, misteriosamente, nunca mais foi encontrado. Ainda pensamos pedir ajuda ao agente em questão, mas achamos melhor não...
Patapon: és um sucesso entre as forças da ordem!

Mazi disse...

PSP, PSP
PSP, PSP, PSP...

FILHOS DA PUTA...

PSP....

SÃO A MERDA QUE SE VÊ!

Anónimo disse...

óra aqui está a notícia de que se fala... 1º - n tinhas nada que ter ido ao piolho e a bófia n faz mais do que a sua obrigação coitadinhos 2º - nós sabemos como tu gostaste da parte de despir a roupa. beijinhos e sorrisinhos Soninha* lol