sábado, outubro 27, 2007

BCP: Burlas Cobertas pelo Pai

Há coisas no mundo da banca que me fazem a maior confusão. A primeira são os termos técnicos: spot, spread, TAEG, etc… Outra, não menos grave, é o facto de Joe Berardo, milionário detentor de sete por cento do maior banco privado português (BCP), não mudar de roupa vai para dois anos… O homem aparece em público, impreterivelmente, de fato e camisola preta. Tal qual o Luís de Matos, mas esse tem a desculpa de ser ilusionista. Ainda assim, Berardo (na foto em pose de galã) dá sempre um toque humanista à coisa, porque não raras vezes enverga um pin em forma de coração, talvez para substituir o seu verdadeiro; ouvi dizer que os homens de negócios são desprovidos de tal órgão.

Mas isso tudo são “peanuts” (e reparem como me abalanço para fazer história ao estrear-me neste blog com um texto de cariz económico), comparados com a dívida do filho de Jardim Gonçalves ao BCP. Falemos, pois, de assaltos a bancos. Trocando por miúdos, para quem esteve isolado numa ermida na última semana, esse rapazola (chama-se Filipe, tem idade para ter juízo, e é fundador desse aborto político que se chama Nova Democracia) beneficiou do facto de ser filho do administrador para lhe ver perdoada uma dívida de apenas 12,5 milhões de euros ao próprio BCP. A notícia veio a lume, após dois anos a refogar, Berardo barafustou e voltou a dar a perceber que, apesar de ser madeirense, há Jardins que não suporta. O brado que tudo isto deu fez com que o pai Gonçalves (na foto em pose de Estado) lá tivesse de ir ao bolso das moedas para repor os “trocos” que, certamente por engano, perdoara ao filho. Sorte a tua, Filipe! Caso o teu progenitor fosse, por exemplo, bancário, em vez banqueiro, o BCP iria atrás de ti até ao fim do mundo e penhorava-te até aos dentes do ciso. Isto leva-me à seguinte conclusão: Se "quem quer dinheiro vai ao Totta" e "quem não tem pais ricos vai ao BES", quem não se encaixa nestes pressupostos deve naturalmente preferir o BCP...


Até logo.

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