Estava eu aqui a pensar que já não escrevia há algum tempo, e que os outros dois “artolas” com quem partilho este blog devem ser gajos muito ocupados, quando me lembrei de contar um episódio que se passou comigo na semana passada em Lisboa. Fui lá por motivos pseudo-profissionais, pelo que andei por dois dias com um sorriso nos lábios na zona do Intendente/Martim Moniz. No meio de putas, drogados, bêbados, pretos, chinocas e monhés – tenho pouco de preconceituoso, mas não há paciência para informalmente dizer prostitutas, toxicodependentes, alcoólatras, cidadãos de cor (devem ser azuis ou roxos), asiáticos, e outros termos “soft-core”, considerados mais respeitosos para os visados. Pela mesma razão, recuso-me a designar os gordos por fortes ou os malucos por pessoas que sofrem de perturbação mental. Sempre fui da opinião de que estas definições pomposas são bem mais discriminatórias que a versão simplificada.
Bem, mas vamos ao que interessa… E o que interessa é que eu só gosto de gajas. É só isso. Não me importo de ser mal interpretado no que quer que seja, à excepção disso. Chamem-me homofóbico, mas daqui não saio, ciente que más interpretações nesse campo levam a situações, no mínimo, desconfortáveis. Fiz este ponto prévio para evitar um ponto introdutório (já que vou falar de homossexuais).
Para a estadia na capital ficar mais em conta fiquei hospedado numa Pousada de Juventude. O que teve como desvantagem o facto de ter dormido no mesmo quarto com um japonês, um francês, um uruguaio e um brasileiro. Este último pareceu-me ser aquilo que se designa por “um gajo de abraço”. E até era. O problema é que ele se estava a fazer a mim, e eu só percebi isso depois. Conheci o gajo à tarde e lá estive eu a conversar sobre o Brasil e sobre a Europa, música, geografia, história, cultura, etc... Apesar de ter reparado, na altura nem pareceu importante o facto de ele me parecer um pouco homossexual. Que interessa? Isso daria para um comentário de rodapé e pronto. Era um indivíduo porreiro, com quem se podia conversar. Nem fiquei intrigado por ele ter provavelmente mais de 40 anos e estar numa Pousada de JUVENTUDE.
Todavia, à noite, antes de recolher aos meus aposentos, estava eu sentado nas escadas da pousada, a falar/discutir com uma amiga minha, que foi a Lisboa pelos mesmos motivos que eu, quando vi passar o tal camarada. Até aqui tudo bem, o gajo não ouviu mais do que coisas nucleares para o futuro de todos nós, do género:
- E os sacos? Tomamos primeiro o pequeno-almoço e depois vamos buscá-los ao quarto, ou, ao invés, descemos já com eles?
- Decide tu!
- Não, agora vamos fazer como tu dizes!
A discussão deu para chatear um bocadinho e lá fui para o quarto com cara de poucos amigos. E foi neste preciso momento que, incrivelmente, fui aboradado pelo tal melro, que me diz (vejam lá):
- Vi você nas escadas. Cê estava namorando… Fiquei com ciúme.
Pára tudo!!! Perante isto eu pensei:
- Foda-se! Faltava-me este... Nem eu estava a namorar, nem estou a acreditar que este artista lembrou-se de dar a entender que se está a fazer a mim!
Estive quase para utilizar o célebre clássico, “oh pá, eu é só gajas... mas pronto, respeito muito a vossa cena e tal”, que é de facto um bom lugar comum e que se revela, ao que tudo indica, eficaz ao afastar qualquer tipo de investida gay. Mas não foi preciso… Num primeiro momento fiz o tradicional papel de otário, e fiz de conta que não percebi. Depois comecei a falar com voz grossa e fiquei de pé atrás a noite toda, pelo que só adormeci quando o brasileiro já ressonava. Pronto, pode acontecer a qualquer um... E eu até nem reagi mal, pois não?
Até logo e cuidadinho lá fora.
Bem, mas vamos ao que interessa… E o que interessa é que eu só gosto de gajas. É só isso. Não me importo de ser mal interpretado no que quer que seja, à excepção disso. Chamem-me homofóbico, mas daqui não saio, ciente que más interpretações nesse campo levam a situações, no mínimo, desconfortáveis. Fiz este ponto prévio para evitar um ponto introdutório (já que vou falar de homossexuais).
Para a estadia na capital ficar mais em conta fiquei hospedado numa Pousada de Juventude. O que teve como desvantagem o facto de ter dormido no mesmo quarto com um japonês, um francês, um uruguaio e um brasileiro. Este último pareceu-me ser aquilo que se designa por “um gajo de abraço”. E até era. O problema é que ele se estava a fazer a mim, e eu só percebi isso depois. Conheci o gajo à tarde e lá estive eu a conversar sobre o Brasil e sobre a Europa, música, geografia, história, cultura, etc... Apesar de ter reparado, na altura nem pareceu importante o facto de ele me parecer um pouco homossexual. Que interessa? Isso daria para um comentário de rodapé e pronto. Era um indivíduo porreiro, com quem se podia conversar. Nem fiquei intrigado por ele ter provavelmente mais de 40 anos e estar numa Pousada de JUVENTUDE.
Todavia, à noite, antes de recolher aos meus aposentos, estava eu sentado nas escadas da pousada, a falar/discutir com uma amiga minha, que foi a Lisboa pelos mesmos motivos que eu, quando vi passar o tal camarada. Até aqui tudo bem, o gajo não ouviu mais do que coisas nucleares para o futuro de todos nós, do género:
- E os sacos? Tomamos primeiro o pequeno-almoço e depois vamos buscá-los ao quarto, ou, ao invés, descemos já com eles?
- Decide tu!
- Não, agora vamos fazer como tu dizes!
A discussão deu para chatear um bocadinho e lá fui para o quarto com cara de poucos amigos. E foi neste preciso momento que, incrivelmente, fui aboradado pelo tal melro, que me diz (vejam lá):
- Vi você nas escadas. Cê estava namorando… Fiquei com ciúme.
Pára tudo!!! Perante isto eu pensei:
- Foda-se! Faltava-me este... Nem eu estava a namorar, nem estou a acreditar que este artista lembrou-se de dar a entender que se está a fazer a mim!
Estive quase para utilizar o célebre clássico, “oh pá, eu é só gajas... mas pronto, respeito muito a vossa cena e tal”, que é de facto um bom lugar comum e que se revela, ao que tudo indica, eficaz ao afastar qualquer tipo de investida gay. Mas não foi preciso… Num primeiro momento fiz o tradicional papel de otário, e fiz de conta que não percebi. Depois comecei a falar com voz grossa e fiquei de pé atrás a noite toda, pelo que só adormeci quando o brasileiro já ressonava. Pronto, pode acontecer a qualquer um... E eu até nem reagi mal, pois não?
Até logo e cuidadinho lá fora.