domingo, junho 25, 2006

Maior "guna" do Mundial

Pessoal, o Mundial vai a meio e todos fazemos a mesma pergunta… Não, não é essa. Mas sim esta: Afinal quem é o gajo com mais pinta de "guna" dos 736 jogadores que estão na Alemanha? Aqui está a deixa perfeita para lançarmos o nosso primeiro passatempo onde se poderão habilitar a uma maravilhosa viagem à capital togolesa: Lomé*. Esta é a nossa selecção dos três gajos que são profissionais da bola, e que ganham muito graveto com isso, mas que podiam perfeitamente estar no Aleixo ou no Cerco a "dar uns micos", sem destoar do restante "people".

Da esquerda para a direita, como manda a lei:
Frank Ribery (França), Carlos Tevez (Argentina) e Jose Perlaza (Equador).


É só votar, basta um "commentzinho"...

* A viagem apenas será sorteada entre os participantes deste passatempo caso, conforme todos estamos à espera, o Togo se sagre campeão mundial.

Boa noite e até logo.

domingo, junho 18, 2006

Casos de Polícia

Jovem estudante de 23 anos foi apanhado com 0.20 gramas de haxixe, com mais 4 individuos que se encontravam a fumar haxixe na Praça Parada Leitão, junto ao Café Ancora D`Ouro "vulgo Café Piolho", local sobejamente conhecido por tráfico e consumo de droga(dito pela autoridade), tendo mais nada se encontrado em sua posse.

Sim, poderia ser mais uma coluna na secção de polícia de qualquer jornal, mas não. O jovem estudante de 23 anos que tinha consigo uma dose individual de haxixe era eu.
Sim, encontrava-me eu com os outros dois intervenientes deste blog no Piolho e com os Ontem a beber umas cervejas quando de um momento para o outro aparecem 2 agentes da autoridade, agente Imperadeiro( não estou a inventar nomes) e agente Rodrigues, que no meio de uma multidão de 200 pessoas nos escolhem a nós para revistar. Já que um de nós estava a fumar um cacete, dito pelo agente Imperadeiro foi uma escolha selectiva para uma revista cautelar para busca de estupefacientes como intuíto de venda. Como estava eu a explicar estava eu a beber uma cerveja quando os referidos agentes nos interpelam e nos começam a revistar perante as referidas 200 pessoas, nós arguimos se a revista poderia ser feita num sitio mais recatado e não em frente de toda aquela massa humana, alguns de nós sentiram-se injustiçados por aquela situação toda. Os senhores agentes sensibilizados pelos nossos pedidos não tiveram complacência e decidiram que o sitio mais recatado para tal revista seria na esquadra mais próxima. Assim fomos levados para a carrinha em que se transporta 6 a 9 agentes da autoridade ou infractores, a famigerada Ramona(não, não iamos para a praia). Quando iamos a entrar na carrinha podemos constatar que a população que estava no Piolho estava com comnosco e apuparam os agentes da autoridade. Para nós foi quase uma saída em ombros, para os agentes de autoridade foi como se tivessem sido expulsos num jogo de futebol depois de terem passado o encontro todo a darem cacetada nos jogadores da equipa da casa. Entramos na carrinha, onde começamos agora a protestar contra a nossa ida à esquadra. Aí o agente Imperadeiro, não gostando de algumas coisas que iamos dizendo, fazia ouvidos moucos e numa tentativa clara de nos intimidar resolveu verificar o estado em que se encontrava a sua shotgun.
Entretanto o agente Rodrigues(não confundam com uma pessoa muito próxima de mim) tinha-me revistado e encontrou a prova do crime na minha posse. O cacete mitra de 0.20 gramas que se encontrava no meu maço de tabaco, o qual eu não tinha conseguido desmarcar porque o referido agente Rodrigues se abeirou prontamente junto da minha pessoa e não me deu hipóteses de dar uma revienga ao seu propósito.

Fomos conduzidos à esquadra da Praça Coronel Pacheco, onde fomos revistados minuciosamente, tendo que tirar toda a nossa roupa do corpo, a nossa roupa e nossos pertences foram alvos de uma busca intensiva onde nada encontraram. O agente que revistou os meus pertences e que esteve a falar comigo na esquadra, referiu-me até que poderia ficar na posse da insignificante quantidade de droga que me foi encontrada. Mas o processo não estava nas mãos dele, era os dois agentes que nos tinham interpelado que estavam a tratar de tudo e estavam irredutíveis enquanto em deixar passar o mísero cacete que tinha impune.

Aí passamos para a recepção da esquadra para tratarmos do Auto de Identificação e de Revista Cautelar que nos foi imposto. Nessa altura o ambiente já tinha desanuviado um pouco. A partir desta altura começaram a acontecer cenas caricatas que nos fizeram rir diversas vezes. Verificamos que na esquadra se encontravam 6 policias, com dificuldades várias a nível de software informático e com a impressora. Em relação à impressora o Chefe de Turno perguntou a um dos agentes qual era o problema, à qual a resposta foi que não sabia, que quem tinha tirado um curso tinha sido o Chefe. Um dos agentes lembra-se de ligar a televisão e um outro pergunta-lhe se não estava a dar desenhos animados já que se encontrava canalhada(nós) na sala. Tivemos a ver um bocado dos resumos dos jogos do Mundial, intercalado pelo visionamento do filme de acção "Maquinas de Guerra" com os memoráveis desempenhos dos actores Jean-Claude Van Damme e Dolph Lundgren acompanhado de capuccinos e cafés.

Verificou-se que nenhum de nós possuía cadastro criminal, só nessa altura é que o agente Imperadeiro se acalmou. Cada um de nós indicou os nossos dados pessoais, tendo sido eu o ultimo a efectuá-lo. Já agora o referido agente demonstrou uma clara lacuna em entender as nossas moradas. A droga que me foi encontrada foi para dentro de um envelope lacrado para ir para um laboratório para se saber que substancia eu possuía. Fiquei a saber que terei que ir ao CDT para uma entrevista com uma psicóloga. Lá está em tempos de contenção orçamental, será dispendido uma larga soma de dinheiro com o processo de análise e com psicólogas e afins. Aí perguntaram me onde tinha comprado o produto, o que é que fazia na vida, onde vivia, se ja tinha tido problemas com as autoridades, se já tinha consumido outro tipo de drogas, e avisaram-me que me iriam efectuar uma pergunta muito importante, aí fiquei a espera do pior, perguntaram-me se tinha filhos sobre a minha alçada. Respondi que não. Será que se tivesse iam por uma assistente social em cima de mim para ver se eles tinham um ambiente familiar saudável, tudo por ter sido apanhado com um cacete.

Feitas todas as diligências necessárias, fomos dispensados e podemos prosseguir a nossa vida. Desde a interpelação policial no Piolho até a nossa saida da esquadra passaram-se uma hora e meia. Para nosso espanto um de nós conseguiu desmarcar um cacete que o fumamos logo de seguida e partimos em direcção para uma festa brasileira na reitoria da universidade, que quando lá chegamos ja tinha terminado. Prontos fomos em direcção ao piolho para ver se conseguia-mos encontrar algo que tinha sido desmarcado antes de entrarmos na Ramona. E foi festa geral quando se encontrou uma barra de Pólen e lá fomos todos contentes fumar cacete para uma zona bem conhecida por nós efectuar os delitos pelos quais tinhamos sido levados para a esquadra.

Aqui fica um relato em 1ª pessoa de uma noite para recordar por vários motivos.

Até logo e cuidado com a moina.

quinta-feira, junho 01, 2006

Tu queres ver que eu sou artista?!

Hoje fui à repartição de Finanças e, como escrevi (parte de) um livro, após várias consultas entre o senhor que me atendeu e o seu superior hierárquico, os gajos decidiram enquadrar o meu ramo de actividade na categoria de “outros artistas”. A partir daí comecei a sentir que algo mudava em mim, tornei-me mais sensível, faço introspecções criativas, recolho lírios dos jardins por onde passo (pronto, esta é exagero)… Bem, mas se uma instituição respeitável como esta me chama de artista, meus amigos, a partir de agora exijo ser tratado como tal. Quando for jogar à bola passar-me-ei a equipar num camarim, enquanto a restante equipa vai para o balneário, tomarei banho em leite de cabra e por aí fora…
Pelo caminho, enquanto reflectia sobre o estado da arte em Portugal e a falta de apoios por parte do Ministério da Cultura a talentos como EU (a presunção e a letra maiúscula são justificáveis já que adquiri recentemente personalidade e, o consequente, ego de artista), imaginei quem seriam os meus companheiros de ramo profissional. Partindo do princípio de que nos impressos das Finanças existe uma descrição específica para cantores, escritores a sério, etc... Afinal de contas, quem é que se colecta preenchendo “outros artistas” naquele campo que diz actividade? Certamente que estamos a falar de palhaços, trapezistas, ventríloquos, ilusionistas e suas “parteners”, homens-estátua, “drag-queens”, travestis (daqueles que fazem “playback” em cabarés), ou até azeiteiros (se mergulharmos o conceito num significado ainda mais pejorativo). Por causa dos gajos das Finanças acho que estou no mesmo bote que a malta supracitada. Resta-me o consolo de poder pôr a quantia a receber num espaço que diz “propriedade intelectual”... Soube há pouco que tinha uma, e ainda há menos tempo que esta me podia dar dinheiro.

Boa noite e até logo.